quinta-feira, 24 de junho de 2010

CONDON BLEUR - Djalma Filho



CONDON BLEUR
(Djalma Filho)


por mim,
construir-lhe-ia uma frase de amor a cada dia

apaixonadíssimo,
poeta pobre,
resolvi inventar lhe dizer condon bleur infalivelmente, todo o santo dia

[o dinheirinho estava curtíssimo para as flores que ela merecia]

era condon bleur para lá, era condon bleur para cá
[infalivelmente]
todo o sacrossanto dia

sequer me pediu para eu lhe traduzir:
condon bleur?... Ela entendia!...


Nota do autor: A expressão "condon bleur", assim como a expressão "a tonga da mironga do kabuletê", não significam absolutamente nada.


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